Tradition and individual talent - Resenha
Alana dos Santos Santana
Universidade do Estado da Bahia – UNEB/ Campus II
No ensaio Tradition and the Individual Talent, produzido pelo poeta e escritor Thomas Stearns Eliot, no ano de 1919, há dois pontos principais: o vínculo que deve haver entre os poetas e o pretérito, e o desligamento entre os sentimentos expressos na escrita e os do próprio poeta. Eliot inicia afirmando que o fato dos ingleses lamentarem a ausência da tradição em seus textos, dá-se pela má interpretação atribuída a esta palavra, que geralmente é empregada com sentido vagamente aprobatório apenas quando se trata de algo ligado á arqueologia. O escritor, já no parágrafo dois, discorre a cerca da crítica e afirma que através dela é possível encontrar as singularidades de um poeta, ele diz, que se fizermos uma análise deixando de lado a busca por aquilo que há de peculiar, poderemos nos deparar com a presença dos traços ancestrais dos poetas mortos justamente nas passagens consideradas como mais individuais. O ensaísta desestimula o poeta a trilhar pelos mesmos caminhos dos que vieram antes e a se prender no êxito que estes obtiveram, advertindo isso pode acarretar a ausência de algo realmente novo e tornar o escritor repetitivo; Eliot afirma inda que a tradição vai muito além, tem um sentido vasto, e para alcança-la é preciso um grande esforço, é preciso ser capaz de produzir algo novo e que possua sentido histórico que permeie tanto a temporalidade quanto a atemporalidade. É pelo vinculo do poeta moderno com os poetas mortos e pela afirmativa da imortalidade do discurso da poesia, que é possível definir o discurso da tradição em Eliot.
Eliot defende que a produção artística do poeta não deve estar relacionada ás suas próprias emoções, antes deve ser baseada na impessoalidade; as emoções expressas não devem ser a do poeta em questão, e se forem, devem passar pelo processo de despersonalização, para que percam as características