Trabalhos
Em seu poema, Parmênides narra o que disse ter ouvido das musas que uma carruagem puxada por corsas conduzem-no a luz de verdade (Atelheia). A verdade é o caminho do pensamento. O que existe é tudo aquilo que pode ser pensado, dessa forma o que não é, o não ser e o que não existe, não pode ser pensado nem portanto falado, sendo este um caminho ilusório.
A via da verdade que Parmênides identificava com o ser, mas o ser para existir tem de ser dito, logo a uma identidade entre ser, pensar e dizer. Sendo a verdade exclusiva dos deuses, entre os normais existia a via da opinião (doxa), causada pelas ilusões dos nossos sentidos.
Hoje podemos dizer que antologia (estuda sobre o ser) de Parmênides refere-se a uma lógica material. Como se o discurso estivesse compactado a experiência física, assim podemos ver porque ele disse que “o ser é e o não ser não é”. O filosofo apontava para unicidade do ser acreditando que toda forma de provimento era ilusória (e só Nilton no século XVIII com a física conseguiu resolver este problema).
Parmênides julgava o ser uno imóvel, indestrutível, ingênito (Isto é, incriado não nascido, não gerado) e eterno. Segundo seu modo de pensar o não ser, o nada, não existem e não podem ser ditos e nem pensados. O ser não pode ter surgido do nada, o que é impossível, ou teria surgido de outro ser, justificando que o ser já era e sempre será eterno. Nem também o ser pode se movimentar, pois se altera (o movimento em grego era tido como deslocamento, crescimento, diminuição e alteração), será outro ser mesmo continuando a ser e por isso dois seres são impensáveis, apenas um ser é pensável. E se não foi criado, nem gerado também não pode ser destruído, já que se algo ficará e assim permanecerá sendo.
Acredita-se que Parmênides seja o iniciador da lógica, a mesma ainda é vinculada a antologia, isto é ao ser, não sendo