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Thiago >>>>>Introdução!! O conceito de cidadania
Se a formulação clássica do conceito de cidadania remete à antiguidade grega
- onde os cidadãos debatiam na Ágora seu destino coletivo – o momento emblemático de sua conceituação moderna é a Revolução Francesa, com seus ideais de liberdade e igualdade, a sustentar a legitimidade do poder do Estado. O conceito de cidadania aí desenvolvido conferiu ao termo uma marca que ainda hoje reconhecemos, mesmo que não tenha significado a ampliação efetiva dos direitos políticos para as camadas populares. Ao longo do século XIX, entretanto, o sufrágio universal passou a ser identificado, sobretudo pelos reformistas radicais, como a única base de legitimação do poder.
Identificando na cidadania uma expressão de alienação própria à sociedade moderna, Karl Marx considera que é o modo como se organiza a produção das riquezas sociais que pode vir a assegurar a igualdade entre todos os indivíduos, no que tange à sua participação na condução dos negócios coletivos. Assim, dentro do sistema capitalista, a igualdade e a liberdade a serem asseguradas pelo respeito aos direitos de cidadania não seriam realmente alcançadas. Os teóricos socialistas de inspiração marxista do século XX propunham, portanto, uma inversão em relação à lógica liberal: devia-se defender o homem da opressão do capitalismo e não da opressão do Estado. Este tipo de crítica não foi, entretanto, capaz de demolir a forma usual de legitimação do poder do Estado, ainda que tenha deixado sua marca. Assim, a cidadania moderna pode ser entendida através de seus aspectos formal e substantivo. Este último viés ganha destaque após a II Guerra
Mundial, na Europa ocidental, com o desenvolvimento do welfare state. As políticas sociais tinham como alvo a integração e a seguridade através da intervenção estatal; nesse sentido,