O romance histórico português produziu brilhantes exemplos, multiplicando o número de autores que o adotaram. Esse caráter estilizado das obras do período é também entendido como um reflexo próprio daquele contexto cultural, que enxergava a vida com forte ênfase no seu aspecto simbólico. O Trovadorismo constituiu a formação da base lírica da literatura em língua portuguesa, com sugestões formais e temáticas; ainda hoje se observa a influência das redondilhas em manifestações poéticas e musicais de cunho popular e folclórico, Este não se preocupa apenas com o exprimir musicalmente os sentimentos, mas também as idéias, até mesmo os mitos (música programática), em particular o de Fausto, dado que trata do indivíduo no seu destino face ao mundo. Podemos dizer que a MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir da mistura de vários estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturou-se em nossa terra, as cantigas populares, os sons de origem africana, fanfarras militares, músicas religiosas e músicas eruditas européias. Também contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos cantos e sons tribais. Assim, é natural que a visão de mundo da época fosse marcada pelo teocentrismo escala de valores determinada a partir dos próprios valores impostos pela religiosidade. As cantigas medievais portuguesas eram expressas na chamada medida velha. A arte, para o romântico, não se pode limitar à imitação, mas ser a expressão direta da emoção, da intuição, da inspiração e da espontaneidade vividas por ele na hora da criação, anulando, por assim dizer, o perfeccionismo tão exaltado pelos clássicos. Não há retoques após a concepção para não comprometer a autenticidade e a qualidade do trabalho. A música brasileira é também resultado de uma mistura de povos e costumes e por essa razão, o homem dessa fase medieval privilegiava os bens do espírito, da alma, da vida pós-morte, em detrimento do corpo e da vida carnal,