Trabalhos
Antes de tudo vou expor aqui duas opiniões, que são de grande valia para o restante do texto.
Uma vez ouvi de uma professora da faculdade que toda a pessoa envolvida com a Psicologia precisa ter um pé ou uma mão em alguma psicopatologia, ou seja, precisa ser um pouco paranoico, um pouco depressivo, um pouco histérico. Só um pouco mesmo.
Outra vez, lendo o livro Cartas a um jovem terapeuta do Contardo Calligaris (inclusive, um livro que deve ser lido por todo iniciante na clinica e também por todo aquele que está iniciando o curso de psicologia), Contardo Calligaris diz que gostaria que todo o aspirante a psicoterapeuta tivesse uma quilometragem rodada no quesito “sofrimento subjetivo”, ou seja, que também possuísse questões que sempre pedem para ser resolvidas consigo mesmo.Com isso, eu penso: será correto quando dizem que todo o psicólogo é doido ou algo que valha o ditado?A resposta que eu concluo: Sim e não. Vamos lá pensar o porquê dessa dupla resposta!Primeiro, acredito que “não”, que nem todo psicólogo precisa ter algum distúrbio psíquico para ser psicólogo e entender alguma coisa da mente humana. Todos sabem que quem cursa psicologia precisa constantemente estar saudável subjetivamente pelo fato de que o terapeuta, muitas vezes, funciona como um suporte ou um apoio para o cliente que busca a terapia, ou seja, é necessário que o terapeuta esteja bem para que possa auxiliar da melhor forma possível aquele sujeito que está sofrendo e busca uma cura.
Segundo, quando é dito que o psicólogo precisa ter uma mão ou pé em algum sofrimento psíquico e muitas vezes ter vivido esse sofrimento e ter uma quilometragem rodada, isso quer dizer que, em muitos casos ou todos, é necessário que o terapeuta tenha tido contato com o sofrimento subjetivo ou como alguns dizem: ele tenha alguma “esquisitice” ou “mania”.
Aí que vemos o que é importante: é