Trabalhos
O comportamento humano passou a ser visto numa perspectiva científica com os trabalhos publicados por John Watson. Foi este autor quem idealizou o behaviorismo na tentativa de construir uma ciência livre de noções e métodos subjetivos, ele buscava dar ao comportamento o status de ciência puramente objetiva. Na obra de Goodwin (2005, p. 350), é mostrado como Watson (1913) ilustra esse ideal com a seguinte sentença: “A psicologia como o behaviorista vê é um ramo puramente experimental e objetivo das ciências naturais. Seu objetivo teórico é a previsão e o controle do comportamento.” Nessa busca por prever e controlar, com objetividade, o comportamento, foi que o autor desenvolveu o pensamento de que todas as áreas desse deveriam ser consideradas em termos de estímulo e resposta.
A ideia de comportamento como uma disciplina científica foi refinada, posteriormente, por Skinner. Segundo ele (1953/2003 p. 14) “a ciência é, certamente, mais do que um conjunto de atitudes. É a busca da ordem, da uniformidade, de relações ordenadas entre os eventos da natureza”, o que mostra que o autor, apesar de divergir em vários pontos com a teoria de Watson, compartilhava, nesse aspecto, do mesmo ideal dele, o de atribuir ao comportamento todas as características que possui uma ciência, como a física ou a química. Skinner (1953/2003, p. 15) discute que um dos grandes empecilhos para essa inclusão do comportamento no ramo da ciência, é que “não há assunto com o qual pudéssemos estar melhor relacionados, pois estamos sempre na presença de pelo menos um organismo que se comporta”, porém é considerado que “mesmo que tenhamos observado o comportamento por muitos anos, não somos necessariamente capazes, sem ajuda, de exprimir uniformidades adequadas e relações ordenadas”, e é para estes fins, que o comportamento deve ser tratado como ciência.
Watson, como já explicado, buscava nessa fusão entre comportamento e ciência, predição e controle do comportamento humano. Já Skinner