Trabalhos
A história das mulheres negras no Brasil nunca foi dignamente contada: para a maioria das crinaças e jovens negras, há poucas esperanças de aprendam sobre figuras femininas negras, em que possam se espelhar. Mas não por falta de referencias reais, e sim porque o racismo brasileiro encontra na misoginia um mecanismo eficiente em silenciamento, tentando varrer para debaixo do tapete as vivencias inspiradoras de tantas corajosas negras. Apesar de tudo, a história resite ao tempo, mesmo com o mecanismo e o machismo sobrevivendo devido ao esforço incansável de centenas de jovens negras, que buscam por ícones feministas além das intelectuais da Europa e outras mulheres com quais nem sempre conseguem se identificar. A persistência não se deixa ser sufocada nem mesmo por toda força colonizadora escravocata que pendura até hoje: as mulheres negras do passado e do presente existem e permanecem lutando para transformar a realidade. A mulher negra no Brasil, tem uma grande desvantagem, pois é ela que esta em último lugar na escala social e é a que mais carrega a descriminação racista e do sistema injusto do país. No campo profissional, por exemplo, 71% das mulheres negras estão em ocupações precárias e informais, contra 54% das mulheres brancas e 48% dos homens brancos. O Salário médio da trabalhadora negra continua sendo a metade do salário da trabalhadora branca. Mesmo quando sua escolaridade é similar à escolaridade de uma mulher branca, a diferença salarial gira em torno de 40% a mais para esta. A descriminação com a mulher negra começou na Época da escravidão do Brasil (onde também começou o machismo), onde as mulheres trabalhavam bastante e tinha uma renda pequena. A mulher negra ao longo de sua história foi a “espinha dorsal” de sua família, que muitas vezes constitui-se dela mesma e dos seus filhos. Quando a mulher negra teve companheiro, especialmente