Trabalhos
No que crêem os homens, afinal ?
A propósito de uma matéria que foi apresentada na TV, o entrevistado, antropólogo, discorre sobre as crença e cultos à divindades e diz das diferenças regionais, estaduais e mesmo continentais e suas manifestações exatamente em face da cultura e do tempo.
Divaga o antropologista do budismo ao cristianismo, do islamismo ao judaísmo, entre outros, enfim, criando paralelos entre uma e outra religiões, cada uma em seu tempo e todas ao mesmo tempo pelas razões em si mesmas defendidas. Pareceu-me, assim vendo e ouvindo-o, que faltou algo de palpável nestas ditas manifestações de crenças do homem ao longo do tempo; algo que ultrapassasse a mera e discutível imaterialidade e fosse, além disto, buscar as razões destas ditas buscas humanas na sua relação com o divino no tocante a um tema de tamanha complexidade para muitos. A mim me parece de facílima compreensão o assunto. Já manifestei-me em outros momentos sobre este tema. É que ao longo do tempo amadurecemos estes pensamentos, lapidando-os, o que não significa dar melhor juízo de valor aos mesmos. Mudamos-lhes a cara nestas novas lapidações.
Ora, se voltarmos alguns milhares de anos, de economias outras, época das cavernas, da pedra lascada, das primeiras chamas, da primeira vez eretos sobre dois pés, perceberemos que tudo se resumia em procriar, caçar, pescar e colher frutos (não necessariamente nesta ordem). Plantar, colher e armazenar ainda era desconhecido, assim como não era usual criar animais em confinamento para o tempo das vacas e outras espécies magras, e as adversidades climáticas, como até hoje, não têm o domínio humano.
Ao longo do tempo as adversidades tomaram outras caras, trocaram de nome, e se o advento da agricultura trouxe possibilidades infinitas de produção estoque, passando pela inteligência que permitiu os transgênicos; se a melhoria genética permitiu não