Trabalhos
Ana Virginia Gomes de Souza Pinto1
Resumo
Este artigo aborda a relação entre a brincadeira de faz-de-conta e a teoria da mente, entendida aqui como o estado de conhecimento que as crianças pequenas têm de si mesmas e dos outros. Ressalta também a importância dessa brincadeira na assimilação da realidade do cotidiano por parte dessas crianças, assimilação obtida através da imaginação e da fantasia, favorecendo o desenvolvimento infantil. Serão apontadas neste artigo as habilidades necessárias para a atividade do fazer de conta na compreensão dos estados mentais, configurando-se assim, sua importância na compreensão do mundo social, considerando diferentes entendimentos da função metarrepresentacional.
Palavras-chave: Brincadeira de faz-de-conta; Teoria da Mente; Imaginação;
Metarrepresentação.
Introdução
Em grande parte das sociedades, a brincadeira surge na infância, como parte de práticas culturais típicas, independentemente da classe social a que a criança pertença. Com isso, através do lúdico as crianças, segundo Siaulys (2005), conseguem apreender a realidade e tornam-se capazes de desenvolver seus potenciais criativos. Concorda com esse ponto de vista, Kishimoto (2002), para quem a criança, ao participar de brincadeiras, aprende a significar o pensamento dos parceiros com processos simbólicos, desenvolvendo a metacognição. O conhecimento do próprio conhecimento,
Normalista, graduada em Pedagogia (Orientação Educacional e Administração Escolar), Letras (Português/Inglês), membro do GPPL (Grupo Pesquisa em Psicolinguística) da FFLCH (Faculdade Filosofia Letras Ciências Humanas) www.fflch.dl/gppl/usp. Email: jgsp.81@uol.com.br
Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação Ano 4 - Edição 3 – Março-Maio de 2011 Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900 anagrama@usp.br
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PINTO, A.V.G.S.
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