Trabalhos
Tendo como cenário o atordoante aterro sanitário do Jardim Gramacho, que recebe cerca de 70% do lixo do Rio de Janeiro, o documentário conta o envolvimento do artista plástico Vik Muniz com os catadores de material reciclável. O encontro teve inicio com a iniciativa do próprio artista, que nasceu em uma família de operários na periferia de São Paulo, com o objetivo de retribuir um pouco do que ele conquistou na sua vida e carreira.
Considerado o artista brasileiro que mais vende no exterior, Vik Muniz recrutou alguns desses trabalhadores, sendo eles Tião (presidente da Associação de Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho), Zumbi, Suelem, Isis, Irmã, Valter e Magna, para desenvolver uma série chamada “Imagens do Lixo”. O trabalho começa com o registro fotográfico de cada uma dessas pessoas que é recriado em imagens de grande dimensão utilizando o material reciclável coletado no próprio Jardim Gramacho.
Ao passo que acompanham o processo de produção dessas obras, os personagens se mostram cada vez mais interessantes e revelam as causas que os levaram ao lixão. "Eu esperava ver pessoas destruídas, mas eles eram sobreviventes", revelou Vik Muniz depois desta experiência que evidenciou o quanto a arte e o acesso a cultura pode ser transformadores.
Um dos quadros da série, sendo seis no total, foi vendido em um leilão em Londres, e seu valor, mais de 100 mil reais, foi todo revertido para a Associação de Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho. “A coisa bonita sobre o lixo é que ele é negativo, então, se você é um artista visual, o lixo se torna um material muito interessante para se trabalhar, porque ele é o mais