Trabalhos

A MODERNIDADE E SUAS DIMENSÕES

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. As dimensões institucionais da modernidade. São Paulo: Ed. Unesp, 1991, p.67-90.

Segundo Giddens, “existe uma tendência nas teorias sociológicas de buscar apenas um nexo institucional dominantes na sociedade moderna” (GIDDENS, 1991, p.67). Ele explica que o prolongado debate sobre o caráter industrial ou capitalista das sociedades modernas baseia-se em premissas equivocadas, visto que em ambos os casos há um reducionismo envolvido. Desse modo o autor propõe que tanto o “industrialismo quanto o capitalismo sejam vistos como feixes organizacionais ou dimensões diferentes envolvidos nas instituições da modernidade” (GIDDENS, 1991, p.67).
Em seguida o autor conceitua esse dois feixes: o capitalismo ele denota que “é um sistema de produção de mercadorias, centrado sobre a relação entre propriedade privada do capital e o trabalho assalariado sem posse de propriedade; o industrialismo tem como característica principal o uso de fontes inanimadas de energia material na produção de bens, combinado ao papel central da maquinaria no processo de produção” (GIDDENS, 1991, p.67).
Anthony entendendo que a sociedade capitalista pode ser compreendida como sociedade moderna porque é um estado-nação, destaca também que “nenhum dos estados pré-modernos foi capaz de se aproximar do nível de coordenação administrativa desenvolvido no estado nação”. O autor acrescenta ainda à sua análise da modernidade, duas outras dimensões: O aparato de vigilância, onde ele à compreende como “supervisão das atividades da população súdita na esfera política. Acrescenta que essa vigilância pode ser direta (como em muitas instancias discutidas por Foucalt), mas é de modo mais característico, indireto e baseado no controlo da informação; e o controle dos meios de violência dentro de fronteiras territoriais precisas seria outro traço da sociedade moderna, assim como a sua relação com individualismo” (GIDDENS, 1991,