História do Atletismo Segundo o autor Manuel F. Barbosa, vem da Grécia antiga a memória das primeiras pugnas atléticas, que compreendiam diferentes exercícios de força e de destreza. Independentemente das provas existentes quanto à celebração dos Antigos Jogos no ano de 776 a.C., há indícios de que a sua instituição remonte pelo menos seis séculos antes. Assim, a era com todas as reservas admitida, remonta ao ano 1370 a.C., em Olímpia, então com o patrocínio do rei Iphitos de Elis. Uma das mais significativas implicações dessas periódicas celebrações desportivas era a suspensão de todos os conflitos na Grécia (a ekecbeiria) a partir dos três meses que antecediam os cinco dias da manifestação. Os Jogos do ano 776 a.C., primeiros de que é conhecido o nome dum campeão – Coroibos, natural de Elis – parece, no que respeita a competições de atletismo, terem compreendido apenas uma corrida no estádio sobre a distância equivalente a 170 metros. Mais tarde, o número e a diversidade de competições cresceria rapidamente, introduzidas que foram corridas mais longas, um pentatlo (corrida, lançamentos de disco e dardo, salto em comprimento e luta), e ainda combates de pugilismo e de luta. Não tardou muito que o âmbito geográfico dos Jogos, sempre realizados na Grécia, se alargasse a sicilianos e cretenses. Os vencedores, premiados com uma simples coroa de oliveira, eram consagrados como heróis. Gradualmente, porém, os prémios começaram a ser bem diferentes, até que para pôr fim aos múltiplos casos de corrupção, o Imperador Teodósio decretou no ano 393 a.C. a proibição dos Jogos, pelo que a tocha olímpica desapareceu durante 1.503 verões. A primeira ideia de restabelecimento dos Jogos Olímpicos na Era Moderna deveu-se ao alemão Guts-Muths (1759-1839), fundador do primeiro grande movimento ginástico. Foi também muito importante o contributo de outro alemão, Ernst Curtius (1814-1896), que em Janeiro de 1852 proferiu em Berlim uma palestra sobre os