Trabalhos
Pesquisa mostra aumento no numero de acidentes de trabalho e nos custos, diretos e indiretos deles.
Chega perto de 32 mil o total de dias perdidos com os acidentes de trabalho em 2009. Isso representa um crescimento de 35% em relação a 2008, segundo a Pesquisa Experiência de Acidentes Trabalho, realizada pela March Risk Consulting e divulgada no fim do ano passado. Em sua 19ª edição, o estudo aponta também que o número total de acidentes aumentou 11% no mesmo período, chegando a 2.213, o que não parece tão grave considerando que foi bastante inferior ao aumento no número de trabalhadores de um ano para outro (30,5%). Os dados correspondem à realidade de uma amostra de 86 empresas brasileiras, sendo 25 do setor metalúrgico, cinco de alimentos e bebidas, quatro de papel e celulose, 10 farmacêuticas, 17 de varejo, quatro do ramo têxtil, e mais 20 de outros segmentos. A pesquisa apura a ocorrência de acidentes típicos e de trajeto (aqueles que ocorrem com pessoas a caminho do trabalho), não incluindo afastamentos por doenças ocupacionais.
Para Sergio Cruz, consultor sênior da Marsh, a pesquisa reflete a necessidade de dados mais completos sobre acidentes no Brasil (ainda escassos). “Com essas informações mais completas sobre a experiência de acidentes do trabalho no país, identificando causas, taxas de incidência, índice de sinistralidade e outras, podemos compor um banco de dados que permita a comparação entre os resultados de diversos segmentos industriais”, afirma o responsável pelo estudo. Ele ressalta que a diferença entre o crescimento do numero de acidentes e dos dias perdidos pode significar que as ocorrências de 2009 tiveram maior gravidade. O índice de gravidade dos acidentes apurados (que leva em conta a quantidade de dias perdidos por ocorrência) aumentou em quase todos os setores analisados, com exceção apenas do varejo.
Alem do aumento nos dias de afastamento, também aumentou o custo por acidente, fator que requer maior