trabalhos
HISTÓRICO-SOCIAL DA CRIANÇA
Profª Mônica M. Perny
A CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL DA CRIANÇA
1.1- A CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
A concepção de infância na atualidade é muito diferente do passado.
Por séculos a criança era vista como um ser sem importância, quase invisível (POSTMAN, 1999). Durante séculos a criança esteve numa condição inferior a dos adultos; não era uma categoria socialmente reconhecida. Não havia leis destinadas a proteção à infância. As crianças eram consideradas como objetos de pouco valor e de propriedades do pai e este podia decidir livremente sobre seus destinos. Muitas vezes também eram consideradas como um estorvo à família. O que hoje poderia causar indignação devido à indiferença destinada à criança, há séculos atrás era considerado absolutamente normal. Por muito tempo a criança foi tratada como um adulto em miniatura, não havia uma particularidade que distinguisse a criança do adulto, até a sua indumentária era a cópia fiel da de um adulto. Assim, para melhor compreensão do conceito de infância é necessário fazer uma viagem através do tempo e pela história a fim de entender como esta categoria social atingiu o status de sujeito digno de direitos, passando a ser considerada em todas as suas especificidades, sendo reconhecida a importância da sua identidade pessoal e histórica.
O conceito de criança foi construído lentamente num processo político, histórico e social da humanidade. Segundo o Dicionário Eletrônico
Aurélio (1999), tem origem do latim creantia, criantia e sua etimologia refere-se a seres humanos de pouca idade, menino ou menina. Pessoa ingênua, infantil, imatura.
Desde as épocas mais remotas as crianças eram privadas do direito a vida. A infância era muito curta e existia a negação de sua personalidade, pois, não se compreendia a criança como um ser singular, um ser com intelecto, comportamento e emoções peculiares à própria infância. MODULO 1
A CONTEXTUALIZAÇÃO