Trabalhos

Bioeletrogênese Em seres humanos e animais, cerca de 20% da taxa metabólica basal é usada para manter o funcionamento elétrico das células, ou seja, esses 20% são usados para controlar:
O fluxo de íons que se encontram em grande quantidade nos lados interno e externo da superfície celular.
Os efeitos devidos às diferentes concentrações dos íons presentes nos meios intracelular e extracelular.
Entre os líquidos intracelular e extracelular existe uma diferença de potencial elétrico denominada potencial de membrana, que tem um papel importante no funcionamento elétrico das células.
A bioeletrogênese é o capítulo da eletrobiologia que estuda os potenciais elétricos gerados pelo seres vivos. Desde o século XVIII chamava a atenção dos cientistas que certos peixes tivessem capacidade de produzir descargas elétricas. A geração de eletricidade por certos peixes já era conhecida quando Luigi
Galvani descreveu sua célebre observação sobre a contração da pata de rã. Galvani ensinava anatomia em Bolonha (Itália) e
Puelles (1956) e conta-se que, certo dia, quando trabalhava com rãs decapitadas e penduradas numa haste de cobre observou que, quando a pata do animal tocava o ferro de um balcão próximo, produzia-se uma contração. Uma outra versão conta que, Galvani, em 1760, colocou umas rãs mortas sobre um prato metálico e um de seus assistentes, utilizando a máquina eletrostática de
Ramsdem, aplicou um choque elétrico sobre uma delas, produzindo contração muscular. O fenômeno foi prontamente reconhecido por Galvani como algo especial e a partir daquele momento passou a dedicar-se ao estudo da eletricidade animal. Galvani observou que, mesmo sem a aplicação do choque elétrico, era possível obter a contração dos músculos das patas posteriores da rã. Para isso, eles eram colocados em contato com um nervo lombar que, por sua vez, era estimulado por um par bimetálico (cobre e