trabalhos
Jacobs adota o princípio de que a cidade é uma obra coletiva que pertence às pessoas, não ao poder público, prefeitura ou, de modo mais genérico, ao Estado. Por isso, as cidades devem ser pensadas a partir do ponto de vista das relações sociais nelas desenvolvidas, e esta premissa é especialmente verdadeira para as grandes cidades. Jacobs critica o que chama de planejamento urbano ortodoxo no começo do livro, que abrange, de certa forma, as utopias do final do século XIX sobre o que seriam sociedades perfeitas: a ideologia das cidades jardins, cujo fundador é Ebnezer Howard, a ideologia da Ville Radiouse, de Le Corbousier, a ideologia da beautiful city, dos arquitetos e urbanistas americanos, que culmina no modo de fazer e compor cidades conhecido pela arquitetura modernista. São ideologias aparentemente distantes, mas todas marcadas pela mesma premissa básica: mudar o homem, transformar a natureza humana por meio da transformação do meio humano por excelência, o meio urbano.
Jane também se preocupa em apresentar as estratégias necessárias para poder financiar as melhorias urbanas e superar os cortiços. As forças necessárias para a criação de ruas capazes de oferecer segurança e diversidade para seus freqüentadores e moradores e as forças que impedem este mesmo desenvolvimento. Fomentar ruas vivas e atraentes; Fazer com que o tecido destas ruas forme uma malha o mais contínua possível por todo um distrito que possua o tamanho e poder necessário para constituir uma subcidade em potencial; Fazer com que parques, praças e edifícios públicos integrem esse tecido de ruas; utilizá-los para intensificar e alinhavar a complexidade e a multiplicidade de usos desse tecido. Eles não devem ser usados para isolar usos diferentes ou isolar sub-distritos; Enfatizar a identidade funcional de áreas suficientemente extensas para funcionar como distritos.
Estas metas do planejamento são obtidas através e diversas