TRABALHOS
Como o autor não revela a resposta da historia não se sabe ao certo se houve traição, então diante de nossas observações vimos que Bentinho apresenta um quadro de Ciúme patológico. Segundo Ballone (2004), o portador de Ciúme Patológico é um vulcão emocional sempre prestes à erupção e apresenta um modo distorcido de vivenciar o amor, para ele um sentimento depreciativo e doentio. Esse paciente seria extremamente sensível, vulnerável e muito desconfiado, portador de auto-estima muito rebaixada, tendo como defesa um comportamento impulsivo, egoísta e agressivo. Há ainda preocupações excessivas sobre relacionamentos anteriores, as quais podem ocorrer como pensamentos repetitivos, imagens intrusivas e ruminações sem fim sobre fatos passados e seus detalhes.
Entendemos que no Ciúme Patológico o amor do outro é sempre questionado e o medo da perda é continuado. No Transtorno Obsessivo-Compulsivo há sempre dúvida patológica com verificações repetidas, mesmo fenômeno que se observa no Ciúme Patológico. O medo da perda é também um sintoma proeminente nos dois casos. Ciúme Patológico envolve riscos e sofrimentos, podendo ocorrer em diversos transtornos mentais.
Na psicopatologia o ciúme pode se apresentar de formas distintas, tais como idéias obsessivas, idéias prevalentes ou idéias delirantes sobre a infidelidade.
No Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), o ciúme surge como uma obsessão, normalmente associada a rituais de verificação. Sob vários aspectos constata-se que os pensamentos de ciúme partilham várias características com os pensamentos das obsessões: são freqüentemente intrusivos, indesejados, desagradáveis e por vezes considerados irracionais, em geral acompanhados de atos de verificação ou busca de reasseguramento.
Vários autores sugeriram a relação entre Ciúme Patológico e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), com abordagens terapêuticas comuns. Assim, pensamentos de ciúme podem ser vivenciados como excessivos irracionais ou