Trabalhos
2.1 Radiações eletromagnéticas
As partículas eletricamente carregadas exercem forças entre si. Pela Lei de Coulomb, a força entre quaisquer duas partículas carregadas depende do valor da carga de cada uma e da distância de separação entre elas. Mas essa lei não contempla quando essas partículas carregadas estão em movimento relativo mútuo. Essa força também depende dos movimentos dessas partículas. Verificou-se que, além da força elétrica, existe uma força devido ao movimento das partículas carregadas, a força magnética (HEWITT, 2008). Da mesma forma que as partículas eletricamente carregadas estão rodeadas por um campo elétrico, elas também estão rodeadas por um campo magnético, caso estejam em movimento. Esse campo magnético se deve às “distorções” causadas no campo elétrico pelo movimento. Isso foi explicado por Albert Einstein em 1905 na sua teoria especial da Relatividade. Assim, conclui-se que partículas carregadas em movimento têm associadas consigo tanto um campo elétrico quanto um campo magnético (HEWITT, 2008). Os campos elétrico e magnético oscilantes regeneram um ao outro, formando as ondas eletromagnéticas, que emanam de cargas vibrantes. Há apenas um valor de velocidade em que os campos elétrico e magnético se mantêm em perfeito equilíbrio, sendo que um reforça o outro no transporte de energia através do espaço. O que mantém a luz se propagando no espaço com a mesma velocidade tem resposta na indução eletromagnética e na conservação de energia. Existe apenas um valor de velocidade para o qual a indução mútua entre esses dois campos ocorre indefinidamente, sem que haja perda ou ganho de energia. A partir de suas equações para indução eletromagnética, James Clerk Maxwell calculou este valor crítico de velocidade e chegou a 300.000 quilômetros por segundo (HEWITT, 2008).
Maxwell descobriu que a luz é simplesmente radiação eletromagnética e que a radiação eletromagnética, em qualquer frequência, também se propaga