Argonautas do Pacífico
Nesta obra de Bronislaw Malinowski, o autor dá ênfase no sistema "kula", um sistema primitivo de comércio vivenciado pelos nativos que navegam no mar em embarcações de sua própria fabricação.
Nos primeiros capítulos, Malinowski conta como foi feita sua "coleta de dados" e ressalta a importância de anotações e descrições e também, nos informa como realizou tal abordagem aos nativos, para que pudesse coletar informações e dados para sua pesquisa antropológica.
No início, como é de se esperar, encarou certas dificuldades na hora de conseguir tirar informações que almejava dos nativos e do povo que convive com eles, conhecido por “homens brancos”. Outra dificuldade que o autor encontrou foi o idioma, que era difícil de ser assimilado, mas isso ao longo de sua estadia e vivência com os nativos foi superado e assim pôde então, realizar entrevistas diretas.
Uma passagem do texto que achei interessante é a seguinte, onde o autor fala sobre essa "magia" do etnógrafo "Qual é, então, esta magia do etnógrafo, com a qual ele consegue evocar o verdadeiro espírito dos nativos, numa visão autêntica da vida tribal? Como sempre, só se pode obter êxito através da aplicação sistemática e paciente de algumas regras de bom-senso assim como de princípios científicos bem conhecidos, e não pela descoberta de qualquer atalho maravilhoso que conduza ao resultado ao resultado desejado, sem esforços e sem problemas. Os princípios metodológicos podem ser agrupados em três unidades: em primeiro lugar, é lógico, o pesquisador deve possuir objetivos genuinamente científicos e conhecer os valores e critérios da etnografia moderna. Em segundo lugar, deve o pesquisador assegurar boas condições de trabalho, o que segnifica, basicamente, viver mesmo entre os nativos, sem depender de outros brancos. Finalmente, deve ele aplicar certos métodos especiais de coleta,