Trabalhos
Estamos Lidando: Modelos Diferentes ou Linguagens Diferentes?
Lourdes Maria Werle de Almeida
Emerson Tortola
Renato Francisco Merli
RESUMO
Neste artigo apresentamos algumas discussões sobre o papel da linguagem e das representações em atividades de Modelagem Matemática. À luz de considerações sobre linguagem, fundamentadas na perspectiva filosófica wittgensteiniana bem como na semiótica, tratada neste texto sob o enfoque de Charles Sanders Peirce e, no contexto da Educação Matemática mais especificamente, por
Raymond Duval, apresentamos reflexões sobre a questão: “Seriam diferentes modelos associados à resolução de um mesmo problema, na verdade, diferentes linguagens, mas que guardam entre si uma certa semelhança, uma ‘semelhança de família’, como caracteriza Ludwig Wittgenstein?”.
A partir da análise de algumas atividades, podemos perceber que diferentes modelos matemáticos parecem ser diferentes linguagens, utilizadas para representar um mesmo ‘sistema’. O uso de diferentes linguagens pode ocorrer em qualquer nível de escolaridade, desde as Séries Iniciais da
Educação Básica até os anos finais do Ensino Superior. Não é a sofisticação da matemática que irá trazer à tona uma nova linguagem, mas sim, as formas de vida e o contexto em que as atividades de Modelagem Matemática são desenvolvidas.
Palavras-chave: Modelagem Matemática. Linguagem. Representações Semióticas.
Mathematical Modeling – What We’re Dealing with: Different
Models or Different Languages?
ABSTRACT
In this article we present some discussions about the language and representation in mathematical modeling activities. From considerations based on language in Wittgenstein’s
Lourdes Maria Werle de Almeida é Professora Doutora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual de Londrina. Endereço para correspondência: Rodovia Celso
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