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É natural e intrínseco da natureza humana o ato de se comunicar. A linguagem constrói códigos e possibilidades de compartilhamento de idéias, pensamentos e emoções entre os indivíduos e suas formatações cognitivas, culturais, psíquicas e afetivas. O que parece ser tão natural, na verdade envolve um refinado e complexo processo de vivências e aprendizagens, que na área da saúde assume proporções imprescindíveis na relação entre profissional da saúde e paciente, por definir em grande parte o cuidado humanizado. Dessa forma, a comunicação não pode ser uma barreira, ao contrário, ela deve abrir caminhos para o adequado acolhimento na atenção primária com base na escuta atenta e no vínculo empático entre o paciente e a equipe de saúde. A comunicação com proposta terapêutica realinha o encontro do profissional de saúde com o usuário para seu eixo mais crucial: uma relação interpessoal quando um e outro se encontram e se tratam como pessoas dignas, em uma relação de ajuda. Com este princípio, a comunicação torna-se fator de humanização na atenção à saúde por favorecer o entendimento e a reciprocidade dos conteúdos que envolvem o significado da doença e as atitudes coerentes perante o tratamento e a promoção da saúde e da vida. O desafio consiste em encontrar mediações técnicas com a competência humana para a construção de novas posturas onde a comunicação e o cuidado não sejam negados, mas concretizados da melhor forma possível. Deve ser uma prática fundamentada na combinação de direitos e responsabilidades, em que a ética do cuidado assume uma posição essencial.
Palavras-chave: Comunicação. Terapêutica. Atenção Primária à Saúde. Humanização da Assistência. http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/95/14.pdf A comunicação terapêutica na relação enfermeiro-usuário da atenção
Básica: um instrumento