Trabalhos
O presente artigo visa analisar o setor de varejo e consumo brasileiro durante o período de 2008 e 2009, sendo o ápice dos eventos financeiros que abalaram a economia mundial, com o pedido de concordata do Lehman Brothers, após anunciar um prejuízo líquido de US$ 7,8 bilhões, segundo informações do portal “Folha.com”. Essa análise tem o intuito de observar o comportamento das principais empresas do setor de consumo e varejo brasileiras com ativos negociados na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e saber se essas empresas do setor de consumo e varejo realmente foram afetadas em seus fundamentos durante a crise de 2008 ou a queda de suas ações nesse período foi apenas um reflexo do pânico generalizado do mercado. A relevância deste estudo é de identificar possíveis movimentos irracionais dos ativos do setor de consumo e varejo durante momentos de pânico do mercado.
INTRODUÇÃO De acordo com a publicação do site “Uma visão do mundo” do dia 11 de setembro de 2008 a crise teve sua origem 7 anos antes, no ano de 2001, onde após a crise das empresas “pontocom”( forte queda das ações das empresas do setor de tecnologia e informática, que até então estavam sofrendo uma valorização exagerada), o Banco Central Americano (FED- Federal Reserve) reduziu as taxas de juros, de 6,5% em 2001 para 1% em 2003, sendo reduções continuas ao longo de 2001 e 2003, com o objetivo de aumentar o número de empréstimos e financiamentos para estimular o consumo dentro do Estados Unidos. No primeiro momento essa ação do Fed deu certo, pois os consumidores voltaram a consumir de forma um tanto quando agressiva, impulsionando a economia norte americana, principalmente no setor imobiliário, onde pessoas compravam imóveis através de financiamentos a “perder de vista”. Esse aumento da demanda no setor imobiliário fez com que o preço dos imóveis subissem sem parar, onde o individuo pedia empréstimos ao banco e colocava como garantia o próprio imóvel. Em um determinado