Trabalhos
Weffort, Francisco (Org.) - Os Clássicos da Política Vol.1- 13ª Ed - Ática - SP - 2001
A chave para entender o pensamento de Hobbes é aprender o que é o "estado de natureza".
A guerra se generaliza.
Segundo o autor, para Thomas Hobbes, a natureza humana é a mesma em todos os tempos, ela não muda conforme o tempo, a história ou a vida social. O homem em estado de natureza não é necessariamente um selvagem, mas o mesmo homem que vive em sociedade. Hobbes crê que os homens são iguais o bastante para que nenhum possa triunfar de maneira total sobre o outro.
Da igualdade dos homens surge uma guerra geral e constante, já que os homens não sabem quais são as intenções dos outros homens e tem de supor quais serão suas atitudes, o melhor para cada um acaba sendo atacar o outro para vencê-lo ou simplesmente evitar um possível ataque, assim inicia a guerra entre os homens. Há três causas principais de discórdia: a competição (os homens atacam os outros visando lucro), a desconfiança (leva a guerra visando segurança) e a glória (visa o reconhecimento).
Como pôr termo a esse conflito?
O homem hobbesiano não é um indivíduo burguês, ele não almeja tanto os bens, mas sim a honra, que é o valor atribuído a alguém em função das aparências externas. Hobbes deduz que no estado de natureza todo homem tem direito a tudo *o direito de natureza* para preservar a si mesmo, mas para pôr fim a esse conflito, Hobbes define o que é uma lei de natureza: " é um preceito ou regra geral, estabelecido pela razão, mediante o qual se proíbe a um homem fazer tudo o que possa destruir sua vida ou privá-lo dos meios necessários para preservá-la, ou omitir aquilo que pense poder contribuir melhor para preservá-la." (Leviatã, cap. XIV, p. 78-9).
A primeira regra geral da razão é que todo homem deve se esforçar para procurar a paz e segui-la, a segunda que o homem deve defender-se