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O documentário Lixo Extraordinário retrata a vida de catadores de material reciclado, de um dos mais significativos aterros sanitários do mundo, o Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. Tudo começa com um projeto do artista plástico Vik Muniz, ex morador de uma humilde comunidade carioca. A intenção era, além de retratar a vida dos catadores, arrecadar verba com a arte produzida no aterro sanitário e utilizá-la para beneficio dos trabalhadores deste ramo. Contudo, o documentário toma proporções maiores, gerando uma discussão que vai além dos objetivos iniciais, dando partida em uma reflexão, também, acerca da quantidade e destino do lixo, da desigualdade social e da alienação da população.
O aterro em questão é o maior do mundo em quantidade de lixo recebido. Muitos brasileiros não têm noção de que a quantidade de lixo gerado é grande, assim como nos têm conhecimento dos malefícios que isso ocasiona, como a alta produção de chorume, potencial poluidor de águas subterrâneas, proliferação de vetores e poluição visual. O documentário proporciona essa visão, levando à conscientização de que a diminuição da quantidade de lixo, a maior reciclagem e a reutilização de dejetos, além de uma melhor infraestrutura nos aterros sanitários, são indispensáveis para a saúde do planeta.
A maioria da população não tem conhecimento sobre o lixo gerado na sua regiao. Não sabe, por exemplo, pra onde vai e o que pode ser reciclado ou não. Por esse motivo, o lixo chega ao aterro sanitário desorganizado e muitas vezes desabilitado a reciclagem, fator que prejudica significativamente o trabalho dos catadores e o meio ambiente.
A desigualdade social é exposta bruscamente, mostrando a vida de pessoas da periferia, sem saneamento básico, alimentação e condições de saúde, em contraste com a realidade de Vik Muniz, por exemplo, que, como diz durante o filme, possui todos os bens materiais que deseja. O documentário também expõe a dificuldade de sair da vida de miséria. Trabalhando ate dezesseis