Trabalhos de faculdade
António Braz Teixeira
(Universidade Lusófona – Lisboa)
1. Figura singular de intelectual, cuja obra múltipla de filósofo, jurista, economista e sociólogo não foi, até agora, objecto de atenção hermenêuticas que merece nem de uma adequada avaliação no âmbito da cultura e do pensamento brasileiros do século XX, Djacir Menezes (1907-1996)( Sobre o pensamento filosófico de Djacir Menezes ver o prefácio de Miguel Real a Teses quase hegelianas, S.Paulo, Grijalbo, 1972, o prefacio de António Paim a Premissas de culturalismo dialéctico ,Rio de Janeiro ,Ed. Cátedra, 1979, Geraldo Dantas Barreto, Djacir Menezes com setenta anos e Oliveiros Literento, Djacir Menezes na cultura braisleira, ambos na Rev. Brasil. Filosofia, nº 110 e 190, respectivamente, Lidia Acerboni, A Filosofia Contemporânea no Brasil, São Paulo, Grijalbo, 1969, António Paim, Problemática do culturismo, 2ªed., Porto Alegre, CEFIL, 1995 e A Filosofia brasileira contemporânea, Londrina, EDUL, 2000, José Maurício de Carvalho, “Curso de introdução à Filosofia brasileira ,id., 2000 e Djacir Menezes (1907- ). Bibliografia e estudos críticos, Salvador, Centro de documentação do Pensamento Brasileiro, 1998.) representa, de certo modo, a continuidade da herança especulativa da Escola do Recife, em especial do monismo naturalista e anti-metafísico de Tobias Barreto, Renovado, agora, com a contribuição hegeliana, naquilo que o filósofo cearense designou por multiculturalismo dialéctico.
Profundamente marcado pelo positivismo de Pontes de Miranda (1894-1979), cujo magistério sempre reivindicou( A teoria cientifica do Direito de Pontes de Miranda, Fortaleza, Est. Gráfico A.C. Mendes, 1934.)e do pensador argentino José Ingenieros (1877-1925)( Tema de política e filosofia, Rio de Janeiro , D.A.S.P.-Serviço de Documentação, 1962 e José Ingenieros e a minha geração, Rio de Janeiro, 1970.), o cientismo do precoce filósofo nordestino que, aos 25 anos, publicou um