Trabalhos academicos
A segunda parte do livro, Produção textual, análise de gêneros e compreensão. Escrito por Luiz Antônio Marcuschi, chama nossa atenção para o potencial dos gêneros e a necessidade de ser desenvolvido um trabalho com esse conceito e sua e sua aplicação na escola. A proposta do autor é discutir as questões teóricas quem envolvem a leitura e o reconhecimento dos gêneros e suas tipologias, apresentando sugestões metodológicas, “tratando de uma série de novas fontes de leitura, informação e formação”. (MARCURSCHI, 204, p.116).
Segundo capitulo “O estudo de gêneros não é novo, mas está na moda”, cujo objetivo é mostrar que seu surgimento nas áreas da geografia, antropologia, retórica, etnografia e linguística, vêm sendo estudadas, desde séculos passados, tal como apresenta MARCURSCHI.
O estudo dos gêneros textuais não é novo, e no ocidente, já tem pelo menos vinte e cinco séculos, se considerarmos que sua observação sistemática iniciou-se em Platão [...] Atualmente, a noção de gênero já não mais se vincula apenas à literatura, como lembra Swales (1990:33), ao dizer que “hoje, gênero é facilmente usado para referir uma categoria distintiva de discurso de qualquer tipo, falado ou escrito, com os sem aspirações literárias” (p.147). Vemos que toda vez que produzimos alguma ação linguística utilizamos algum gênero textual, pois eles integram a nossa sociedade, não são elementos que se opõem a ela, sendo entidades comunicativas em que predominam aspectos relativos e função, propósitos, ações e conteúdos. Os gêneros são infinitos, já suas tipologias são finitas para distinguir um gênero e outro, o que predomina são suas funções. Já para distinguir os tipos textuais seriam linguísticos e estruturais, sendo que os gêneros são designações sociorretórica e os tipos são designações teóricas.