TRABALHOS 11102005
556 palavras
3 páginas
1.1 O prazer da leitura Ao ser alfabetizada, passei a ler gibis para o filho da minha madrinha que gostava muito, mas ainda não estava alfabetizado. Ele me ouvia atentamente contar as histórias e corria o olho pelas páginas associando as palavras aos sons. Certo dia, o filho dela, Júnior, começa a ler junto comigo e descobre o prazer de ler. Que felicidade! Tanto para ele quanto para mim! Desde então fui dispensada da leitura de gibis, pois já não precisava mais, já que aprendera a ler. Mas não desisti, brincava até mesmo com meu cachorro “Dunga”. Eu falava, escrevia na lousa e ele latia, acreditava que ensinava até mesmo o cachorro. Quando recebíamos visitas, logo convidava as crianças para brincar de escolinha. Minha mãe me contou que eu estava envolvida o tempo todo com papéis, lápis, caneta, etc, que as os vizinhos falavam que era fase e que passaria, mas nunca passou; até hoje fico perdida no meio das minhas apostilas, livros, materiais de pesquisa para minhas aulas. Meus familiares, primos, primas me vêem como a menina que sempre gostou de estudar. Embora realmente goste de estudar, não significa que sempre fui aluna nota dez. Não tirava dez e não me preocupava com nota. Nunca repeti uma série, nem mesmo fiquei em recuperação. Ao terminar o primeiro grau, sabia que faria o magistério, não por falta de opção ou porque meu pai não deixara estudar à noite, como justificavam as colegas do curso. Em momento algum pensei em ser outra profissional na vida que não professora. O que eu queria mesmo era alfabetizar, 12 ver as crianças descobrirem o mundo através da leitura, expressarem seus pensamentos e emoções usando a escrita. Ainda quando estava cursando o 3º ano do magistério fui convidada pelo professor de psicologia a dar aula pelo Mobral, na empresa onde ele trabalhava. Então, estudava, participava das reuniões do Mobral e lecionava para os funcionários da empresa Assef Maluf no final da jornada de trabalho. Duas horas por dia. Formei-me em 1986. Em 1987 me