O evento mundial que acontece a cada quatro anos, irá começar no Brasil de acordo com o anúncio da FIFA, com várias regras estabelecidas, como a criação de grupos através de um sorteio para decidir na primeira fase do campeonato quem joga com quem, entre 32 participantes na competição. Nesse último sorteio, Estados Unidos e Irã ficaram no mesmo grupo e na decisão do primeiro jogo, inesperadamente também jogarão um contra o outro. Temos que levar em conta que atualmente não existem relações diplomáticas entre esses dois Estados. Os Estados Unidos se tornaram o grande inimigo do Irã, sendo chamados de “O Grande Satã” ,quando em 1979,fundamentalistas islâmicos liderados pelo aiatolá Khomeini, que vivia exilado em Paris por se opor ao Xá do Irã, Reza Pahlevi, derrubaram o Xá. Palhlevi governava o país com o apoio norte americano, instaurando uma rígida monarquia pró-ocidental, com intuito de modernizar o Irã, aproximando-o do modelo ocidental-capitalista. Além da total falta de liberdade, a ocidentalização de costumes e choques com princípios do islamismo fizeram crescer a oposição de Pahlevi nesse regime ditatorial e opressivo. O Xá foi derrubado com apoio do clero islâmico mais radical e das forças de oposição .No mesmo ano foi instaurada a República Islâmica do Irã, sob autoridade suprema do aitolá Khomeini, que voltou do exílio francês. Surgia um governo teocrático e regido sob o rigoroso código mulçumano e o Corão. Para os mulçumanos, a submissão perante seu Deus, Alá, é o que une os indivíduos, muito mais do que qualquer sentimento de nacionalidade ou de Estado-nação. Podemos dizer que os Estados Unidos se tornaram ícones do ódio dos fundamentalistas contra a civilização ocidental, responsáveis por todo o mal e desvirtuamento da ética e do comportamento. A sua posição pró-Israel, sua política intervencionista internacional, seu incontestável poderio econômico, suas posições e ações imperialistas também ajudaram a construir a imagem norte-americana