Trabalho
O setor da construção civil é um dos principais indutores deste ciclo de crescimento nacional. Sua cadeia produtiva, que inclui a construção de edificações, obras viárias e a construção pesada (obras de infraestrutura e plantas industriais), estende-se para dezenas de segmentos de fornecedores de matérias-primas, equipamentos, serviços e distribuição ligados à sua atividade. O setor representa 4,4% do PIB brasileiro e é responsável pela ocupação de cerca de 2 milhões de pessoas (trabalhadores formais).
O setor tem alto consumo de recursos naturais e gera grandes volumes de resíduos – desde aqueles na produção dos insumos utilizados até os derivados da execução ou manutenção da obra. Estima-se que, no Brasil, entre 15% e 50% dos recursos naturais extraídos têm como destino a indústria da construção, responsável por entre 50% e 70% da produção de resíduos sólidos urbanos e por 44% da energia elétrica consumida.
A magnitude do impacto gerado pela construção civil, aliada à relevância de iniciativas para torná-la mais sustentável, bem como a sua importância econômica e o momento atual de crescimento do país, determinaram sua presença entre as prioridades do presente Plano. O objetivo da prioridade Construções Sustentáveis é induzir o setor da construção a utilizar práticas mais sustentáveis que venham a melhorar a qualidade de vida dos usuários e dos trabalhadores, bem como a qualidade do entorno das edificações. Desta forma, o setor contribuirá para as metas de redução de resíduos e conservação de recursos naturais.
Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), instituição criada em 2007, consome-se, no Brasil, cerca de 1 tonelada de materiais de construção por metro quadrado de área edificada. Estudos realizados pela Fundação Getúlio Vargas sobre o déficit habitacional brasileiro indicam que, em 2009, o país necessitava de 5,81 milhões de moradias e para o período – para o período entre 2010 e 2022, seria necessária a