Trabalho
A “Teoria da População” de Thomas Malthus publicada em 1798 demonstra sua preocupação diante da questão social agravada pela miséria crescente do operariado na Inglaterra. Segundo ele, a população crescia em progressão geométrica, enquanto os meios de subsistência cresciam em progressão aritmética, o que resultava em miséria e pobreza. Malthus era contrário a qualquer intervenção do Estado para tentar resolver o problema e afirmava que isso serviria apenas para estimular o aumento da população e o agravamento da questão. Para ele, a própria natureza seria incumbida de resolver tal problema, pois aumentaria a mortalidade devido à fome.
O essencial da teoria de Malthus, como enfatiza Hugon (1995, p. 112), se resume que há uma falta de concordância entre o poder de reprodução da espécie humana e a capacidade de produção dos meios de subsistência e que o excedente deve desaparecer”.
“Um homem que nasce em um mundo já ocupado não tem o direito de reclamar parcela alguma de alimento, no grande banquete da natureza não há lugar para ele”. A natureza intima-o a sair e não tarda em executar essa intimação (Hugon, 1995, p. 112).
Preocupado com o crescimento populacional acelerado, Malthus publica uma série de idéias alertando a importância do controle da natalidade, afirmando que o bem-estar populacional estaria intimamente relacionado com o crescimento demográfico do planeta. Ele acreditava que o crescimento desordenado acarretaria a falta de recursos alimentícios para a população gerando, como conseqüência, a miséria e a fome. (Coulon, 1995)
2.1.3 David Ricardo e a “Teoria do Salário Natural”
David Ricardo, por sua vez, desenvolveu em 1817 a “teoria do salário natural”, ou seja, o mínimo para a subsistência do trabalhador e de sua família. Era a chamada "lei férrea dos salários". O preço natural do trabalho depende do preço do alimento, necessário à subsistência do trabalhador e sua família. Ele afirmava que o