Trabalho
Nos experimentos em que um surdo tenha se submetido ao implante, o resultado é sempre drástico, pois alem de se tratar de um método invasivo para a colocação do dispositivo interno, o sucesso com as respostas auditivas dependerá de vários fatores: idade do surdo, tempo de surdez, condições do nervo auditivo, quantidade de eletrodos implantados, situação da cóclea, tempo da surdez, trabalho fisioterápico do fonoaudiólogo, acompanhando periódico do medico para ativação e ajustes no dispositivo do implante.
Resumindo fala-se que em longo prazo pode-se esperar um tipo de cura, mas no momento atual apenas resume-se a diminuição da surdez.
9. QUE MOMENTO NÓS VIVEMOS?
Já que muitas conquistas foram alcançadas: a oficialização da libra, o direito do surdo de ter um interprete nas universidades, a obrigatoriedade de formação nas áreas de licenciaturas no ensino superior para surdos, a inclusão de libras em alguns currículos... Sem duvida, o momento é do surdo e para o surdo. Mas nas ondas das boas novas também se infiltram as velhas praticas e os velhos discursos...
É um processo de transições, adaptações e reformulações por que há uma distancia entre o dizer e o fazer e diga-se que é grande, testemunhamos também os descompassos entre discursos teóricos e a atuação de profissionais na pratica cotidiana. Parece muito pertinente um afastamento do ouvinte para que o espaço surdo seja ocupado e construído por surdos, e, eventualmente, em parcerias com profissionais ouvintes engajados com as questões e as causas surdas.
Se algo há para ser mudado é a pratica do distanciamento entre pais/professores ouvintes e seus filhos/alunos surdos provocados pelo medo e pelo desconhecimento da surdez.
Então se conclui que o momento é de ajustes e aprendizagem, pois estamos longe de ser aptos da adaptação total para com os