Trabalho
De
Filosofia
Tema: a cidade de Deus de santo Agostinho
A Cidade de Deus - Santo Agostinho
“A Cidade de Deus” representa o maior monumento da antigüidade cristã e, certamente, a obra prima de Agostinho, na qual é discutida a questão da metafísica original do cristianismo, numa visão orgânica e inteligível da história humana, e resolve este problema ainda com os conceitos de criação, de pecado original e de Redenção. O conceito de criação é indispensável para o conceito de providência, que simboliza o governo divino do mundo e que é, por sua vez, necessário, a fim de que a história seja suscetível de racionalidade.
O conceito de providência era impossível no pensamento clássico devido ao basilar dualismo metafísico. Para entender plenamente o plano da história, é de grande importância a Redenção, através da qual é explicado o enigma da existência do mal no mundo e a sua função. Cristo tornou-se o centro sobrenatural da história, sendo o seu reino a cidade de Deus, representada pelo povo de Israel antes da sua vinda sobre a terra, e pela Igreja depois de seu advento. Contra este cidade se ergue a cidade terrena, mundana, satânica, que será absolutamente separada e eternamente punida nos fins dos tempos.
Agostinho distingue em três grandes seções a história antes de Cristo. A primeira concerne à história de duas cidades após o pecado original, que ficaram confundidas em um único caos humano, e chega até a Abraão, época na qual começou a separação. Na segunda, Agostinho descreve a história da cidade de Deus, recolhida e configurada em Israel, de Abraão até Cristo. A terceira retoma, em separado, a narrativa do ponto em que começa a história da Cidade de Deus separada, ou seja, desde Abraão para tratar paralela e separadamente da Cidade do mundo, que culmina no império romano.
Esta história, onde parece que Satanás e o mal têm o seu reino, representa uma unidade e um progresso para Cristo, sempre mais claramente, conscientemente e