Agropecuaria
A modernização da agropecuária
1- A atividade agrária brasileira vem se modernizando bastante nas últimas décadas. Ela vem se transformando num ramo de atividade industrial, a exemplo do que acontece em diversos países do mundo inteiro. Desde os anos 1970 vem se registrando no Brasil um aumento considerável nas vendas de agrotóxicos e na comercialização de máquinas agrícolas, como cultivadores e tratores (de quatro rodas e de esteira). E o crescimento dos agribusiness tem sido intenso, notadamente no Centro-Sul do país.
1.1- Ao contrário do que acontece em inúmeros outros países, o território brasileiro não apresenta áreas que impedem a prática da agropecuária. Até no Sertão nordestino, de clima semi-árido, cultiva-se algodão arbóreo e cria-se gado desde o período colonial. Se irrigado, o sertão pode ser um grande celeiro de bons produtos agrícolas para o consumo interno e para a exportação. Basta lembrar o pólo agroindustrial na região de Juazeiro-Petrolina, nas vizinhanças do rio São Francisco, onde a irrigação criou uma área produtora e exportadora de frutas e até de vinhos. Apesar disso, apenas cerca de 27% da área total do território brasileiro é ocupada por atividades agropecuárias: cerca de 21% correspondem às terras usadas pela pecuária e 6% são áreas de cultivos agrícolas. Isso revela uma certa subutilização do território brasileiro.
1.2- É lógico que seria absurdo imaginar que 100% do nosso território fosse ocupado com cidades, estradas ou reservas florestais e territórios indígenas, bem como preservar a flora e fauna de certas regiões, especialmente da Amazônia e do pantanal Mato-Grossense, mas existem enormes extensões de terras desmatadas e não ocupadas produtivamente. O uso de apenas 27% do território nacional – e principalmente pela pecuária extensiva, que é pouco produtiva – mostra que existe uma ocupação irracional da terra.
1.3- Os solos mais férteis, as máquinas agrícolas mais modernas e outros recursos técnicos