DEPRESSÃO O número de pessoas que se afastam do ambiente de trabalho em decorrência de problemas de saúde mental como depressão é crescente. Muitos podem não reconhecer, mas tão grave é o transtorno que as consequências chegam a atingir todos os segmentos da vida de uma pessoa. A depressão como qualquer doença, se manifesta e é identificada através de sintomas que aparecem em quadro permanente: “tristeza, perda de interesse e outros sinais, como falta de apetite, sono, dificuldade de memória e concentração, irritabilidade, ansiedades, dores, sensação de indisposição e fraqueza”. É com esses “sinais” que, quando constatada a doença, têm reflexos no desenvolvimento da atividade profissional. “Quanto mais intelectualizada é a função como os cargos de direção, que exigem tomadas de decisão, maiores os prejuízos”, indica o médico. Ainda segundo Lacerda, apesar de, muitas vezes, o paciente perceber que enfrenta algum transtorno emocional, é difícil de encarar que isso é uma doença. “Geralmente as pessoas associam isso ao excesso de trabalho, estresse e pensam que precisam apenas de descanso. Porém, no caso da depressão, não melhora com as férias”, completa. Outro problema que os depressivos enfrentam no ambiente do trabalho é a falta de compreensão. “Um grande problema que percebemos nas empresas é que jamais eles atribuem a queda de produtividade dos funcionários a uma doença. As empresas apenas entendem as doenças que apresentam quadros físicos. Sabendo ou não da gravidade da depressão, infelizmente ainda muitos recebem a doença de maneira preconceituosa”, diz o psiquiatra. Uma maneira de mudar isso, segundo Lacerda, seria as empresas reconheceram que o problema é sério, assim como as consequências. O responsável pelo setor de saúde da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) do Paraná, Sérgio Silveira de Barros, conta que quase que diariamente o órgão recebe trabalhadores com indícios de depressão. “Sabemos que a depressão pode acarretar o afastamento