Trabalho
Para Baron, a junção de duas empresas de grande porte que vendem eletrodomésticos, como é o caso de Ponto Frio e Casas Bahia, permitirá adquirir produtos a valores bem mais baixos. A compra e a venda em grande volume fará diferença.
Concorrente direto da Casas Bahia, o Magazine Luiza deve ser um dos maiores prejudicados com a negociação. A empresa de Luiza Trajano também mira a classe C emergente, mas possui um market share de 6%, contra 20% da nova empresa (Casa Bahia + Globex), segundo dados de mercado. Com menor participação, a varejista com sede na cidade de Franca terá menos poder de fogo na negociação com fornecedores. "O Magazine Luiza está encurralado e deveria também procurar um parceiro", diz Baron. Procurado por Época NEGÓCIOS, o Magazine Luiza não quis se pronunciar.
A história se repete?
A fusão dos gigantes do varejo lembra outra união de companhias que aconteceu recentemente no país: a fusão de Sadia e Perdigão. Para o analista da Vallua, a Casas Bahia, assim como a Sadia, é uma empresa familiar que tem muito a ganhar com a profissionalização da gestão que, hoje em dia, é um dos pilares do Grupo Pão de Açúcar.
SAIBA MAIS
Outro ganho da Casas Bahia será o crescimento do faturamento. As incertezas geradas pela crise econômica e o medo do desemprego fizeram com que o consumidor ficasse mais arredio na hora fazer compras. O faturamento da empresa fundada por Samuel Klein para este ano deve ficar perto dos R$ 13,9 bilhões conquistados em 2008. "A lógica para essa fusão é: mais vale ser um sócio minoritário rico do que majoritário pobre", diz Baron.
E para o Pão de Açúcar?