Trabalho
O interior do templo era, usualmente, apenas um pequeno sacrário para a estátua de um deus. As procissões e os sacrifícios tinham lugar do lado de fora.A igreja, por sua vez, tinha que encontrar espaço para toda a congregação que se reunia para o serviço religioso, quando o padre recitava a missa no altar-mor ou proferia seu sermão.
Assim, aconteceu que as igrejas não foram modeladas pelos templos pagãos, mas pelo tipo de vastos salões de reunião que nos templos clássicos eram conhecidos pelo nome de “basílicas”, o que significa aproximadamente “salões reais”.
Na maioria das basílicas, a espaçosa nave era simplesmente coberta por um teto de madeira com vigas visíveis. As alas tinham com frequência um teto plano. As colunas, que separavam a nave das alas,eram muitas vezes suntuosamente decoradas.
As igrejas e santuários cristãos não podiam, por restrições da religião, apresentar estátuas e imagens para serem louvadas. Entretanto, no sexto século, o Papa Gregório empreendeu mudanças neste aspecto, lembrando que a maioria dos cristãos não poderia ler ou escrever. Então, para ‘ensiná-los” sobre a religião, as imagens poderiam ser utilizadas didaticamente.
No começo, os artistas ainda usaram os métodos narrativos que tinham e desenvolvidos pela arte romana, mas , gradualmente, passaram a concentrar-se cada vez mais no que era estritamente essencial. Um artista helenístico teria aproveitado a oportunidade para retratar uma grande multidão numa cena alegre e espetacular. Mas o mestre dos novos tempos escolheu um método muito diferente.
Sua obra não é uma pintura de ágeis pinceladas; é um mosaico, laboriosamente reunido, de cubos de pedra ou de vidro que produzem profundidade, cores cheias, e conferem ao interior da igreja, coberto de tais mosaicos, um aspecto de solene esplendor.
A figura imóvel e serena do cristo ocupa o centro do quadro. Não é o nosso conhecido cristo barbudo, mas o jovem claro e de longa cabeleira que viveu na imaginação dos