TRABALHO
Eles estavam observando o céu, as árvores e apontando para algumas coisas. Nós fingíamos não conhecê-los e fazíamos cara de assustadas quando alguém passava. Pude notar que havia um casal de senhores sentados em um banco próximo ao nosso, aparentemente desconfiados e assustados com aquela situação inusitada. Em um outro banco, estava sentado um mocinho de camiseta vermelha, devia ter uns vinte anos e aparentemente estava completamente desconfiado. Quando os meninos se aproximaram, ele levantou-se rapidamente e foi embora. Acredito que talvez ele tenha pensado que fosse algum tipo de pegadinha. Não pude deixar de notar a presença de um senhor idoso que estava sentado sozinho em um dos bancos. Tinha uma aparência humilde, vestia uma camisa verde, boné cinza e usava óculos. Ele observava os meninos, tranquilamente, sem nenhum alarde. Tive a sensação de que ele contemplava a natureza junto com os dois, e talvez aquela atitude, para ele, fosse comum. Algumas pessoas passavam, olhavam e continuavam andando, já outras percebiam mas ignoravam completamente.
Depois de um tempo, Elisa, Tayla e eu trocamos de lugar com o Leonardo e a Débora. Fomos para outra praça, e lá iniciamos tudo de novo. De observadoras fomos à prática. Observei prédios, árvores, flores, pedras, pessoas, cachorros, etc. Acho que as pessoas não entenderam nada do que estava acontecendo. Senti-me uma “cientista maluca”, como naqueles desenhos infantis onde sempre tem alguém tentando compreender e analisar fatos. Enquanto observava, notei que um senhor estava sentado, lendo o jornal. Ele vestia uma camiseta vermelha e um short esportivo. Com a nossa presença ele fechou o jornal e ficou nos observando