trabalho
Luís de Camões.
Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente É um contentamento descontente É dor que desatina sem doer É um não querer mais que bem querer
É um andar solitário entre a gente
É nunca contentar-se de contente É um cuidar que se ganha em se perder É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor É ter com quem nos mata lealdade Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões
Poeta português (Lisboa ou Coimbra, c. 1524 – Lisboa, 1580), um dos vultos maiores da literatura da Renascença. Sua obra se coloca entre as mais importantes da literatura ocidental.Luís de Camões é considerado o poeta português mais completo de sua época, ou até mesmo de toda a literatura de língua portuguesa. É assim considerado não somente por ter feito uso de quase todos os gêneros poéticos tradicionais, mas também pela amplitude dos temas de que tratou e pelo excepcional domínio da língua. Camões manipulou todos os recursos da língua portuguesa, ampliando enormemente seu campo de expressão. Na obra de Camões, a língua portuguesa passou a expressar sentimentos, sensações, fatos e idéias de uma forma que até então não fora alcançada por ninguém. Sua posição de destaque entre os poetas portugueses de seu tempo é devida também ao fato de em sua obra estarem presentes tanto o humanismo como a expansão ultramarina, isto é, os dois elementos que caracterizaram o Renascimento português. Tornou-se célebre não somente por ter escrito Os Lusíadas, longo poema épico que reflete toda a história e cultura de Portugal até a data em que o poema foi composto, mas também por sua obra lírica, constituída por vários tipos de poemas, entre os quais os mais famosos são certamente os sonetos.
Gonçalves Dias.
A Minha Rosa.
A mim! foi a mim que o ouviste?
Eu! — chamá-la minha rosa!...
De certo que é bem formosa,
Entre criança e mulher!
Se a