Trabalho
O presente trabalho tem por objetivo analisar a transição do paradigma da educação especial no modelo segregado à perspectiva da educação inclusiva no Brasil.
Nos últimos anos vem crescendo em nosso país o discurso em favor da Educação Inclusiva, com isso a Educação Especial vem ganhando maior visibilidade. Seu princípio básico é que todos os educandos, devem ser recebidos nas escolas regulares, pois as mesmas constituem os meios necessários para seu aprendizado.
DESENVOLVIMENTO
Nas últimas décadas a educação de alunos com necessidades educativas especiais, voltou-se para a Educação Inclusiva. Tal proposta fortaleceu-se em meados da década de 90, com a difusão da conhecida Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), a qual propõe que “as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar”.
Originalmente, a Educação Especial constitui-se como campo de saber e área de atuação a partir de um modelo médico ou clínico. Fernandes (1999) destaca que a classe médica foi a primeira a abordar a necessidade de escolarização dessas pessoas.
Nas instituições especializadas a educação escolar não era considerada como necessária, ou até mesmo possível, especialmente para aqueles com deficiências cognitivas/e ou sensoriais severas.
Os anos 70 representam a institucionalização da Educação Especial em nosso país, contudo, as classes especiais nas décadas de 70 e 80 serviram como espaço de segregação para quem não se enquadrava no sistema regular de ensino, do que realmente numa possibilidade para ingresso na rede pública de alunos com deficiência, a maioria continuava em escolas privadas.
Acompanhando a tendência mundial da luta contra a marginalização das minorias, começou a se consolidar em nosso país, no inicio da década de 80, a filosofia da Integração e Normalização. O modelo segregado de Educação Especial é até hoje o mais prevalente em nossos sistemas escolares, preparando alunos oriundos