Trabalho
O esquema abaixo nos ajuda a entender o funcionamento dos reatores nucleares:
Um reator conta com barras de combustível físsil, geralmente elas são compostas de cerca de 400 pastilhas pequenas de urânio-235 (ou o plutônio-239). É interessante que apenas duas pastilhas de urânio são suficientes para suprir energia elétrica para uma residência média por um mês e uma barra de combustível pode atender uma cidade de 20 000 habitantes por 24 horas!
O urânio utilizado é o urânio enriquecido, sendo que ele contém uma maior quantidade de urânio-235 que o urânio natural. Este último contém apenas cerca de 0,7% de 235U.
Essas barras de combustível são colocadas de maneira intercalada com as barras de controle. Conforme explicado, nêutrons são liberados durante a fissão nuclear e, se eles bombardearem novamente os núcleos do combustível físsil, haverá uma reação em cadeia que crescerá progressivamente, ou seja, produzirá cada vez mais nêutrons a cada fissão e a energia liberada será cada vez maior.
Assim, para que isso não ocorra de uma forma descontrolada, as barras de controle, também denominadas de barras de moderador de nêutrons, diminuem a velocidade dos nêutrons liberados e possibilitam o prosseguimento da reação em cadeia. Essas barras são feitas de aço-boro, cádmio ou háfnio, que são materiais que absorvem nêutrons sem sofrer fissão, pois sendo absorvidos, os nêutrons não provocarão novas fissões e a velocidade da reação diminuirá. Alguns reatores nucleares mais modernos têm usado como moderador a água pesada (D2O), em que os átomos de deutério (isótopo do hidrogênio) ficam no