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Trabalhadores dessa área são muito propensos à chamada síndrome do esgotamento profissional. Pesquisas feitas na Universidade Federal de São João del Rei apontam situações e características associadas ao desenvolvimento da doença em enfermeiros.
Por: Fernanda Braune
Publicado em 01/05/2012 | Atualizado em 01/05/2012
Enfermeiros do centro de terapia intensiva infantil mantêm uma relação muito estreita com seus pacientes e essa é uma das causas para o desenvolvimento da síndrome de Burnout. (foto: Wikimedia Commons/ tradimus – CC BY 3.0)
Cansaço, desestímulo, depressão e frieza nas relações com outras pessoas. É assim que você se sente no seu trabalho? Pois esses são sintomas bastante comuns entre os portadores da síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional, que, embora pouco diagnosticada no Brasil, afeta muitos trabalhadores da área de saúde. Pesquisas feitas com enfermeiros na Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), campus de Divinópolis (Minas Gerais), apontam agora situações e características associadas ao desenvolvimento da doença por esses profissionais.
Para averiguar a ocorrência da síndrome em profissionais de enfermagem, a UFSJ iniciou o projeto ‘De bem com a enfermagem’, que surgiu após a observação de que muitos profissionais que trabalhavam em um grande hospital de Divinópolis saíam de licença médica por problemas emocionais. “Eles nos contataram para investigar as causas dessas licenças e nós logo suspeitamos da síndrome de Burnout”, conta um dos coordenadores do projeto, o enfermeiro e professor Richardson Machado.
Os pesquisadores começaram então a avaliar os profissionais de enfermagem que trabalham no setor de nefrologia e no centro de terapia intensiva (CTI) infantil do hospital, áreas fechadas e em que se mantêm relações com pacientes em estado crítico.
Nos dois setores, dois tipos de questionários foram usados para avaliar a ocorrência da síndrome. Um solicitava informações