Trabalho
Atualmente, vivemos um momento do culto exagerado ao corpo e à estética: triplicaram as cirurgias plásticas no país, observa-se um aumento crescente dos freqüentadores de academias de ginástica e nunca se venderam tantos cosméticos e produtos para emagrecer, apesar da crise econômica. É imperativo ser bonito, musculoso, magro e saudável. Aliado a isso, um consumo exagerado de tudo: dinheiro, imagem, roupas, perfumes, adornos, grifes, amor, sexo, bens de consumo e substâncias lícitas e ilícitas.
Agravando o consumo exagerado de substâncias, um novo mito se incorpora às práticas esportivas, o de que substâncias diversas estão disponíveis para ganho de massa muscular e conseqüente melhoria do rendimento e do desempenho físico. Entre elas os esteróides androgênicos anabolizantes.
Conclusão
Os anabolizantes devem ou não ser usados? A aprovação e o uso de qualquer droga são questões de decisão, isto é, se seus benefícios terapêuticos compensam, ou não, seus efeitos adversos. Em doses terapêuticas adequadas e sob controle e supervisão médicos, os esteróides causam poucos efeitos colaterais. O uso por razão estética ou frívola, sempre em doses elevadas (uso abusivo), é que traz conseqüências graves.
O Comitê Olímpico Internacional classificou 20 esteróides anabolizantes e compostos relacionados a eles como drogas banidas, ficando o atleta que fizer uso deles sujeito a duras penas disciplinares.
É importante que os profissionais da saúde que atendem os adolescentes estejam atentos ao fato e questionem, durante a entrevista, o uso dessas substâncias. Pais, educadores e profissionais da saúde devem sempre debater valores pré-concebidos de nossa sociedade, racionalizando o culto ao corpo e trabalhando o resgate da prudência e a prevenção dos riscos à saúde. Também devem incentivar as outras habilidades positivas internas que todos nós possuímos (principalmente os jovens, que as possuem e não têm consciência dessa posse).