Trabalho?
Como todo conceito, o conceito de trabalho está constantemente sofrendo transformações de acordo com o contexto histórico e a temporalidade em que ele é inserido. Os diversos autores responsáveis pela apresentação do conceito de trabalho optaram por explicar essas transformações de uma forma cronológica.
Optamos por dar forma a nossa análise dessa explicação também em ordem cronológica. Começaremos pela forma como se compreendia o conceito de trabalho na antiguidade. Na Grécia Antiga o trabalho era a representação da necessidade dos desfavorecidos, portanto não era reconhecido e não era valorizado, o mesmo ocorria na Roma escravocrata, só os necessitados e os iletrados que dependiam do trabalho para viver é que aceitavam se submeter a ele. Em uma Roma de filósofos e pensadores, o trabalho braçal era de responsabilidade dos servos ou dos escravos. Na Idade Média, onde o cotidiano era norteado pela religiosidade exacerbada, e a existência de uma sociedade de ordens tinha prevalência, o trabalho era utilizado como forma de punição e penitência aos servos, visto que os nobres não trabalhavam.
A partir do processo de mudança da mentalidade ocorrida na sociedade europeia no final da Idade Média e que teve o seu ápice com o Iluminismo (séc. XVIII) é que o trabalho começou a ser visto como uma realização individual e passou a ser valorizado. A partir deste momento, quando o Capitalismo entra em cena, o conceito de trabalho sofreu uma grande transformação. - “Com os estudos de economistas e filósofos, como John Locke (1632-1704), Adam Smith (1823-1790) e David Ricardo (1799-1823), o trabalho passou a ser exaltado como fonte de toda a riqueza e valores sociais”. (História/vários autores, p.25)
Mesmo antes da consolidação da Revolução Industrial o trabalho passou a ser dividido entre