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Por Dr. Geraldo Barbosa | 0 comentários.
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Falar ou escrever sobre responsabilidade social conduz a mente ao que tanto se alardeia nos meios de comunicação, relacionados a empresas ultimamente voltadas para ações favorecedoras do meio ambiente ou que interessem à sociedade. A estrutura midiático-mercadológica financiada com recursos da indústria, do comércio e da área prestadora de serviços, bombardeia o público com mensagens explícitas de empresas cuja aparente preocupação maior é o bem-estar social, e de que elas não visam unicamente o lucro por meio da cooptação de consumidores para seus produtos e serviços. Isso que foi dito traduz-se como política compensatória, pela incapacidade de impedir os malefícios causados pelo capitalismo. Mas isso não é tudo – pior, muito pior – o capitalismo atua por meio da sua mais importante instituição a Corporação, cujo imenso poder é capaz de transformar a história e levar o planeta à destruição.
As raízes dessa política estão no Welfare State que instituiu a partir da Segunda Guerra Mundial, um modelo de práticas reparadoras de danos cujo motor principal seria o Estado como garantidor da universalidade de direitos, bens e serviços.
Em suma, um Estado meramente assistencial que, ao longo dos anos 80 mostrou-se incompetente para se contrapor aos efeitos nefastos do capitalismo sobre as camadas menos favorecidas da população. A partir de então as empresas passaram a ser vistas, paradoxalmente, como a salvaguarda da manutenção do emprego, com o setor privado sobrepujando-se ao estatal. Não só a questão social; como também as possíveis soluções para os problemas ambientais, vieram a constituir o lema das Corporações, com um discurso forte, porém não tão eficaz na prática, principalmente quanto as questões ambientais que atingem escala planetária na atualidade.
O exame preliminar do discurso da responsabilidade social das empresas parte do