trabalho
A história começa com um passeio de barco pelo Rio Trombetas. Esse é um rio de águas profundas, que em alguns locais chega a atingir cerca de 60 metros de profundidade e as margens se distanciam tanto que fica difícil de enxergá-las.
O transporte era um barco de médio porte que pertencia a um amigo de trabalho e tinha capacidade para 20 passageiros. Logo que deixou o porto, eu e alguns amigos acomodamo-nos confortavelmente na proa e começamos a relembrar alguns “causos” mineiros, degustando uma cerveja gelada e apreciando a beleza da paisagem. Depois de algum tempo, de repente, ouvimos um barulho estranho no compartimento do motor e um grito lancinante do barqueiro ecoou pelo ar:
- O barco está afundando!
Saímos correndo assustados em sua direção e no nosso atropelo percebemos que estávamos com os pés molhados e que a água que invadia o barco já começava a tomar conta do casco. A ventoinha do motor, com seu movimento de rotação, formava um enorme chafariz jorrando água para todos os lados.
O grito do barqueiro ecoou novamente de maneira cortante pelo ar, ditando ordens para todos nós, ainda meio embasbacados:
- Atenção! Se não agirmos rápido, o barco vai afundar e estamos todos perdidos, pois vocês não sabem nadar e não temos coletes salva-vidas no barco. Portanto, obedeçam às minhas ordens!
Imediatamente, em tom firme, dirigiu-se a cada um de nós:
-Você, veja se consegue descobrir por onde a água está entrando e tente vedar. Você, assuma o controle da bomba de exaustão. Vocês dois, apanhem aqueles baldes e comecem a jogar água para fora. E você, venha me ajudar a virar o leme e tentar levar o barco para a margem.
Sem tempo nem para pestanejar, saímos todos correndo, cada um assumindo seu posto, segundo a orientação que nos tinha sido repassada. De maneira intensa e ininterrupta, cada um cumpriu sua tarefa, exatamente conforme tínhamos sido orientados. Em pouco tempo conseguimos aportar e pulamos rapidamente para a