TRABALHO
Alguns Aspectos da “Teoria Junguiana da Libido ou Energia Psíquica”
(Originalmente publicado em duas partes em 5 de janeiro de 2011 e 24 de janeiro de 2011)
Em 1928, Jung publicou um trabalho chamado “Energia Psíquica”. Este trabalho foi a conclusão de um longo estudo que começou em 1912, quando
Jung começou a tornar públicas suas divergências com Freud.
O grande marco dessa diferença acerca da “teoria da libido” foi o livro
“Metamorfoses e Símbolos da Libido”(1912). Em setembro desse mesmo ano,
Jung realizou uma série de conferencias na Universidade Fordham,(EUA), onde apresentou uma nova concepção acerca da teoria da libido, segundo ele,
Creio não estar errado, se acho que o valor do conceito de libido não está em sua definição sexual, mas no seu ponto de vista energético, graças ao qual estamos de posse de uma concepção heurística extremamente valiosa. Graças também a concepção energética, temos a possibilidade de imagens dinâmicas e relações que são de valor incalculável no caos do mundo psíquico. A escola freudiana faria muito mal se fechasse os ouvidos às vozes da crítica que acusam nosso conceito de libido de misticismo e incompreensível.
Uma das nossas ilusões foi acreditar que podíamos transformar a libido sexual em veículo de uma concepção energética da vida psíquica, e e muitos de nossos ainda pensam que possuem um conceito perfeitamente claro e por assim dizer concreto de libido, não se dão conta de que esse conceito foi empregado em sentidos que ultrapassam de longe os limites de sua definição sexual. (JUNG,
1989, p. 127-8).
Nesse texto, de 1912, podemos perceber que Jung ainda estava relacionado com a psicanálise, sua compreensão acerca da libido foi uma era de uma contribuição ao desenvolvimento pensamento psicanalítico. No entanto, a recepção das novas idéias acerca libido, presentes no Metamorfoses foi a pior possível. Freud se absteve de comentar o livro,