trabalho
NEOLIBERALISMO E DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA DO CAPITAL
BATISTA, Roberto Leme
(Prof. do Departamento de História da FAFIPA/Paranavaí, doutorando em Ciências Sociais)
ALVES, Giovanni
(Dr. em Ciências Sociais, prof. Livre Docente na UNESP-Marília)
Resumo
Este trabalho apresenta o resultado parcial da pesquisa sobre a ideologia da educação profissional que se configurou na nova institucionalidade decorrente da reforma neoliberal empreendida nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Contexto histórico em que se impôs uma afirmação ideológica, segundo a qual, haveria uma importância da educação básica para a formação profissional dos indivíduos. Nesse sentido, ganha posição uma visão segundo a qual haveria uma centralidade da educação, sobretudo porque a esta caberia a formação da força de trabalho, desenvolvendo as "competências" para atender as necessidades do mercado. Nas três últimas décadas verifica-se a ocorrência de profundas transformações de natureza política, econômica e social. Contexto da mundialização do capital, e é no lastro de seu metabolismo, que se funda a reestruturação produtiva, processo de extrema complexidade e desdobramentos heterogêneos. Impõe-se a ideologia da nova educação profissional que tem na noção de competências e na empregabilidade sua retórica principal. O mundo do trabalho passa por profundas transformações capazes de mudar o perfil da classe trabalhadora, pois o capital ao responder à crise de acumulação e valorização desenvolve novas formas de gestão e organização da produção, gerando um processo de acumulação flexível. Essa ideologia uniformiza as mudanças no sistema produtivo, fazendo crer na universalização do caráter sistêmico da reestruturação produtiva.
Palavras-Chave: Educação Profissional; Reestruturação produtiva; Neoliberalismo; Reforma.
Introdução
Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, verifica-se a