trabalho
Transição demográfica, transição da estrutura etária e envelhecimento
José Eustáquio Diniz Alves
Resumo: O objetivo deste artigo é traçar um panorama da transição demográfica no Brasil, seus efeitos sobre as transformações na estrutura etária e a evolução do processo de envelhecimento da população brasileira. A dinâmica demográfica varia pouco no curto prazo, mas possui grandes impactos no longo prazo. A taxa bruta de mortalidade começou a cair no final do século XIX e a taxa bruta de natalidade começou a cair na década de 1960.
Mesmo que em ritmo menor, a população brasileira deve continuar crescendo até 2050 e o impacto no processo de envelhecimento, que acontece em um ciclo longo, só será plenamente atingido na segunda metade do século XXI.
Transição demográfica
O
Brasil está passando por grandes mudanças demográficas que vão afetar todos os aspectos da sociedade e da vida cultural da nação. A transição demográfica (TD) é um fenômeno que só acontece uma vez em cada país e ocorre de maneira sincrônica com o processo de desenvolvimento urbano-industrial. A TD sempre começa pela queda das taxas de mortalidade e, depois de certo lapso de tempo, prossegue com a queda das taxas de natalidade. No começo deste processo há uma aceleração do crescimento vegetativo da população, depois uma desaceleração do crescimento e, no “final”, pode haver uma estabilização ou decrescimento da população. A redução das taxas de mortalidade é uma conquista fundamental da humanidade. A esperança de vida ao nascer no Brasil estava em torno de 30 anos em 1900, ultrapassou os 50 anos em 1950 e chegou a 73 anos em 2000.
Isso quer dizer que o tempo médio de vida dos brasileiros mais que dobrou em um período de um século. Este fato não tem equivalente histórico nem no passado e, provavelmente, não terá no futuro. A esperança de vida deve continuar crescendo, mas em ritmo mais lento e jamais vai dobrar novamente.
São duas as principais explicações para