trabalho
No ano seguinte fomos para o “Grupo Escolar Vicente Dutra” e embora não tivesse sete anos como todas as outras crianças, fui matriculada na 1ª série junto com minha irmã Sônia que, devido à ”Paralisia Infantil” (não tenho certeza), nasceu com os pezinhos deficientes; passou por várias cirurgias e estava sempre com pés e pernas engessados ou com um par de botas de ferro cheia de parafusos, por isso, precisava de alguém para acompanhá-la. Lembro que, embora estivesse lá como “companhia para a irmã”, aprendi muito rápido todas as letras e fui a primeira da sala a ler fluentemente. A professora ensinava de um jeito que eu achava muito fácil. Primeiro ensinou todas as letras e seus sons de “a” a “z”, depois foi só “juntá-las pronunciando o som apreendido e pronto, saía a palavra, a frase, o texto. Mas o meu negócio mesmo era brincar: falava muito alto, andava de carteira em carteira pra ver o caderno dos colegas todos arrumadinhos e limpinhos enquanto que o meu sempre cheio de “orelhas”. Jogava bolitas com os meninos, era a primeira a sair para o recreio e a última a entrar, pois só lembrava de ir ao banheiro depois do segundo “toque de entrada”. Não foram raras as vezes que minha mãe fora chamada e no boletim a mesma observação todos os bimestres: “conversar menos e melhorar a letra” (Não consegui