Trabalho

“A revolução do compartilhamento”

Recentemente, uma pesquisa foi divulgada onde o número de brasileiros que usam Facebook aumentou de 8,5 milhões de usuários para 35 milhões. O atrativo maior dessa rede social seria a interligação maior dos usuários, como, por exemplo, o reencontro de amigos, bate-papo, promoverem-se, álbuns, vídeos e etc., assim como protesto através de compartilhamentos. Este é responsável por chamar atenção daquele “leitor-visual”, onde uma simples imagem seria o bastante para se comover. Basta um click e uma pequena frase. Com isso, o novo modelo de protestar torna-se uma ferramenta de uso contínuo entre os usuários.

No Brasil, diferente dos dias de hoje, existiam movimentos pró-revolução. Não estou falando de movimentos comunistas da década de 60, 70 e 80, porém em movimentos que realmente lutavam a favor do direito do povo. Posso citar: CUT (Central Único dos Trabalhadores), MST ( Movimento dos Sem-Terra) e a própria UNE ( União Nacional dos Estudantes). Eles tinham o papel de reivindicar, protestar e brigar pelos direitos das pessoas que os representavam. Mas o povo também andava com suas “próprias pernas”. Em 1984, uma multidão foi às ruas exigir o direito ao voto para presidente. Os caras-pintadas foram às ruas exigir a deposição do presidente corrupto em 1992.
E hoje? Ainda existe esse tipo de movimento? Não. Sindicalistas agem em prol dos seus interesses, o MST não tem a mesma ideologia de antes e a UNE apenas serve para fabricar carteirinhas de estudantes. Os únicos movimentos são aqueles em prol de um interesse restrito ou algo desnecessário, como: religião, drogas e festas discrepantes que ocupam avenidas inteiras. Então o que tem haver o Facebook com isto? Bem, deixamos de ir às ruas para protestar e, ao invés disso, transferimos isso para redes-sociais. O movimento do caras-pintadas do passado são, na verdade, os cybernéticos-pitando de hoje me dia. Eles apenas protestam por imagens compartilhadas para expressar sua